Gastos semanais: Semana #10 (7 a 13 de Julho de 2018)

Nota: como habitualmente, os valores em geral são arredondados.

Gastos na conta bancária:

  • 48€ – electricidade (mensal)

Gastos no cartão de refeição:

  • 40€ – 5 refeições

Gastos no cartão de crédito:

  • 440€ – esquentador (incluindo instalação) — comecei por comprar um, afinal ali tem de ser ventilado, etc. etc. — sim, foi um bocado. 🙁
  • 43€ – Kickstarter em que participei
  • 67€ – encomenda de supermercado
  • 36€ – comics assinados no Comixology

Resultados:

Gastos totais: 762€
Gastos em entretenimento: 79€ (10.3% do total).

OK, o esquentador foi… mau. 🙁 O anterior, da mesma marca, durou 20 anos, pelo que, se este durar o mesmo, fica (mesmo contando com a instalação) a 22€/ano, ou 1.83€/mês, o que não é o fim do mundo. Vamos ver se se porta tão bem. (Incidentalmente, ainda não foi montado; o técnico só volta lá segunda-feira, por isso estou há uma semana e meia a tomar banho de água fria poupar imenso no gás. 🙂 )

O Kickstarter… foi uma vez sem exemplo, e os comics do Jim Starlin foram uma grande inspiração (e companhia) para mim nos anos 80 e 90, e… poupança é importante, mas acho que a gratidão tem de se sobrepôr. Ir receber, um dia destes, um livro em hard cover com a arte dele, é um bónus. 🙂

Mudar mentalidades, e não comportamentos

Vi hoje um artigo no Dinheiro Vivo, Cinco conselhos de poupança que resultam até para os mais gastadores. E, sinceraramente, não gostei muito.

Só o título já me faz um pouco de confusão: dá a ideia de que há pessoas “naturalmente” mais gastadoras, como se isso fosse algo genético/intrínseco, como ser alto ou ter olhos azuis. Os conselhos em si até fazem (excepto um, na minha opinião) sentido, se bem que são relativamente básicos: comprar marcas brancas (concordo), evitar refeições fora de casa (concordo em geral, mas no meu caso tenho razões para não o fazer nos dias de trabalho, para já), rever subscrições (concordo), estar atento às promoções (concordo até certo ponto, se bem que promoções podem acabar por ser anúncios, no sentido em que muitas vezes nos levam a levar algo de que não precisamos só porque está em promoção), e preferir pagar em dinheiro (não concordo; acho que é um conselho que só vai dificultar o “tracking” das despesas, o que é das coisas mais importantes para quem quer controlar gastos).

Mas voltemos ao início: esse artigo, e outros, continuam a dar a entender que “ser gastador” é algo inato:, que uns nascem assim e outros têm a sorte de nascer mais poupados. É como uma compulsão, ou um vício, que tem, na melhor das hipóteses, ser “enganado” cada dia da vida, já que, de outra forma, a vontade de comprar coisas/gastar dinheiro é tão forte que ou a pessoa cede, ou sofre (e provavelmente acaba por amanhã gastar noutra coisa o dinheiro que poupou hoje).

Se uma pessoa assim escrevesse um diário, teria entradas como:

  • dia 1: hoje comprei X, não resisi. 🙁
  • dia 2: hoje consegui resistir a comprar Y, e poupei 20€! Yay! 🙂
  • dia 3: aquele Z era lindo, não resisti. Lá se foi a poupança de ontem. 🙁
  • dia 547: hoje resisti e não comprei nada, poupei 30€! 🙂
  • dia 549: quem é que poderia resistir àquele ZZ? Bolas, nunca consigo poupar nada de jeito… 🙁

Percebem onde quero chegar, certo? A pessoa tenta controlar maus hábitos, mas a mentalidade mantém-se sempre a mesma, e por isso os comportamentos que tenta forçar-se a ter não lhe são naturais. Os pequenos sucessos que vai conseguindo são 1) feitos a custo, e 2) efémeros, já que um ou dois dias depois se estraga tudo (muitas vezes com a justificação de “ontem fiz um grande sacrifício, hoje mereço um mimo“. É como alguém em dieta conseguir, a grande esforço, comer só saladas durante um dia ou dois, e depois “mimar-se” passando um dia a encher-se de bolos. Sofreu… e acabou por não ganhar nada com isso. E, talvez o pior de tudo: não há evolução real, ano após ano (como podem ver, as entradas no diário no ano 2 1 não mudaram muito desde o início…).

Parece-me óbvio que há uma solução muito melhor: mudar a mentalidade. Ou seja:

  • descobrir as origens do seu consumismo, e acabar com ele;
  • deixar de associar “prazer” a “comprar coisas”/”gastar dinheiro”;
  • rodear-se, e encher a vida, de “fontes de prazer/alegria/felicidade”, que não custem actualmente dinheiro (isto vai ter um post no futuro);
  • deixar de construir a auto-estima a partir de bens materiais, ou da opinião das pessoas à volta, e dessa forma perder a necessidade de impressionar os outros;
  • decidir o que é que é importante pra si próprio/a (para mim é a independência financeira, mas pode ser algo como pagar dívidas, equilibrar as finanças, mudar a vida — nossa, ou de entes queridos — para melhor, etc.), e pôr isso tão acima de tudo o resto, que o “resto” deixa de ser uma tentação palpável — se nos focamos no que realmente queremos, o que “era fixe” perde a maior parte da importância.

Resumindo: resistir (a custo) a tentações não é produtivo: é um sacrifício, requer atenção constante, e falha frequentemente. Em vez disso, há que mudar a mentalidade de forma a essas tentações serem insignificantes, serem apenas como um pouco de pó movido pelo vento, sem capacidade de nos afectar realmente. Só desta forma é que a poupança passa a ser natural, a ser o “default”, e portanto deixa de ser um sacrifício.

Dica de poupança: encarar cada redução de gastos regulares como um “aumento de ordenado”

Esta não é uma dica de poupança incrivelmente específica (mas, também, nem o foram as anteriores; acho mesmo que pequenas mudanças na nossa forma de ver as coisas acabam por ser mais produtivas do que um simples “faz isto e poupas 10€“), e aborda algo que já foi aqui mencionado uma vez ou outra, mas aqui vai:

Já trabalho há uns 25 anos, em diversos sítios, e não só aprendi e aprendo com o meu próprio caso como com os das várias pessoas (familiares, amigos, colegas, conhecidos, etc.) à minha volta, e uma das várias conclusões a que cheguei é que neste país é muito difícil, e raro, ser-se aumentado. Se tivermos skills relativamente raros e procurados, mesmo assim é quase impossível sermos aumentados onde estamos sem 1) sair para outro sítio mais bem pago, ou 2) pedir demissão, ou ameaçar fazê-lo 1. Sem ser isto, muito raramente consegue-se um aumento quase simbólico, seja por (muitos) anos de casa, seja (sobretudo na área da informática) tirando várias certificações.

Sem estes skills? É quase para esquecer. Quem pede um aumento “a bem” recebe a resposta de que “nas circunstâncias actuais é impossível“; quem ameaça sair ouve que “a porta é ali; como tu há muitos“. Quando muito, ficando muito tempo no mesmo sítio e puxando várias responsabilidades adicionais para si próprio/a, eventualmente consegue-se passar a gerir uma equipa, e com isso recebe-se mais um pouco.

E quando digo que não há aumentos, estou a ser literal — nem sequer se tem um aumento mínimo ano após ano de forma a compensar a inflação. É perfeitamente possível, estando exactamente no mesmo emprego e sem aumentar o consumo, ter-se menos poder de compra do que se tinha há 5 anos ou mais…

Isto tudo não foi para vos deprimir — se bem que penso um dia destes escrever mais sobre questões de empregos, aumentos, skills, etc. –, apenas para realçar o meu argumento original: de que aumentos (em Portugal) são algo raríssimo.

E, no entanto, há, para a maior parte das pessoas, uma forma de se ser “aumentado” sem se ter de “dar graxa” ao chefe, meter “cunhas”, ou trabalhar como um fanático durante uma década inteira. Essa forma chama-se, como neste ponto deve ser óbvio para quem ainda esteja a ler 🙂 , cortar gastos regulares.

Cancelaste uma assinatura de algo que te custava 50€/mês? Parabéns, foste aumentado/a em 50€/mês (ou 600€/ano). Parece pouco, não é? Mas não só tiveste um aumento (o que a maior parte das pessoas à tua volta provavelmente não pode dizer), como o fizeste, provavelmente, sem um esforço sobrehumano (de trabalho ou “graxa” 🙂 ). Se ganhavas 500€ líquidos/mês 2, então aumentaram-te em 10% — proporcionalmente foi bem bom, mais uma vez bem superior aos (raros) aumentos “típicos”, e sem dúvida superior à inflação.

E, obviamente, estas reduções aumentos podem acumular uns com os outros. 20€ aqui, 10€ ali, 15€ acolá… eventualmente fomos “aumentados” em 40%, 50% ou mais (depende de quão consumistas éramos) — quando os colegas à volta não tiveram qualquer “aumento”, a não ser que tenham feito o mesmo. E isso mantém-se “para sempre”, se fizermos as coisas bem.

Se isto parece “tudo muito bonito, mas…“, já partilhei aqui o meu próprio caso o mês passado (uns 175€/mês de “aumento”, e entretanto já fiz mais cortes desde esse post). 🙂

A única desvantagem é que eventualmente chega-se um ponto em que já se cortou tudo o que dava para cortar (eu ainda não estou completamente lá, mas vou-me aproximando), e portanto já não se consegue mais “aumentos” desta forma. Aí, se se quiser continuar a incrementar as finanças, há que pensar em aumentar as fontes de rendimemento actuais, seja com aumentos (raros, como vimos), seja mudando de emprego, e/ou seja criando rendimentos passivos. Por outras palavras, cortar gastos tem, inevitavelmente, um limite.

Mas, como também já mencionei, a redução de gastos não é o fim aqui, é só o princípio. 🙂

Inflação do Estilo de Vida

Inflação do estilo de vida (em inglês, lifestyle inflation) é o nome dado ao fenómeno, infelizmente, muito comum, em que uma pessoa “escala” os seus gastos de acordo com o que ganha, acabando por gastar sempre 100% do ordenado (e estando, muitas vezes, “à rasca” na última semana de cada mês, até ao dia de pagamento), independentemente do dinheiro que entra.

De certeza que já ouviram esta história — e talvez até a tenham vivido, ou ainda vivam (espero que não): uma pessoa acaba os estudos, começa a trabalhar, ganhando, por exemplo, 800€, e decide que já consegue sair de casa dos pais. Compra uma casa (a crédito, claro), e um carro com 15-20 anos; a vida não é perfeita, e todos os meses tem de controlar bem os gastos (e ocasionalmente pedir ajuda aos pais, quando ainda tem pouca experiência a fazê-lo).

O trabalho corre-lhe bem, e eventualmente a pessoa em questão é aumentada, passando a receber (OK, isto talvez seja pouco realista neste país…) 1200€. Com esse ordenado, a pessoa decide que vai passar a viver melhor: talvez um carro novo (ou “semi-novo”), talvez roupa nova, talvez uns luxos lá para casa.

Eventualmente muda de emprego, passa a receber (sei lá) 1800€, e imediatamente começa a pensar nas várias coisas que pode comprar. Talvez, finalmente, um carro novo (a crédito, claro). Talvez possa mudar para uma casa maior (transferindo o crédito, aumentando a mensalidade, etc.).

MansãoPerceberam o padrão aqui? Qualquer aumento de ordenado/dinheiro que entra é “automaticamente” acompanhado de um aumento equivalente do custo de vida, muitas vezes de forma pouco ou nada pensada — é quase como se fosse obrigatório. Ganha-se mais, aumenta-se os luxos, e compra-se mais coisas a crédito, de forma a todo o dinheiro que entra ter logo para onde ir… de forma a não só a última semana de cada mês ser “complicada”, mas também as poupanças/investimentos serem zero. Afinal, “o que ganho mal me chega, como é que ainda queres que poupe alguma coisa?!?

Quem admite este comportamento (o que já é raro, diga-se de passagem — muita gente nem se apercebe de que há um ano dizia para si mesma “se somente ganhasse mais 200€, resolvia tudo“, mas agora ganha mais 500€ e continua “à rasca”…) em geral defende-se com algo como “eu compro estas coisas todas, gastando assim a totalidade do que ganho, mas trabalhei para isso, fiz por as merecer!“. Mas… será que essa pessoa é feliz? Ou, ao invés disso, sente-se cada vez mais stressada por não ter quaisquer poupanças, por ter de passar uma semana por mês a contar os cêntimos, e por (possivelmente) te de trabalhar cada vez mais para manter esse nível de vida?

Eu apostaria mais na segunda hipótese.

As soluções que sugeriria para isto passariam por:

  • ter consciência disto (em vez de se fazer as coisas de forma automática, como se fosse algo inevitável);
  • poupar/investir sempre X% do ordenado/dinheiro que entra, pondo isso no início das despesas mensais (isso pelo menos evita o pior do “chapa ganha, chapa gasta”, e garante que as poupanças sobem de acordo com o ordenado);
  • limitar “luxos” a um valor fixo (que pode eventualmente ser aumentado, mas sempre de forma consciente e intencional), em vez de uma percentagem do ordenado;
  • ter melhor memória do passado: se há um ano se pensava “com mais 100€/mês seria tudo tão bom” e agora se ganha mais 400€, é ridículo não se estar “tão bom”;
  • perder a necessidade de impressionar/acompanhar os outros (“keeping up with the Joneses”). Se os colegas de trabalho têm todos BMWs e Mercedes e só temos o (sei lá) Clio ou Punto que há um ano ou dois achámos que seria o mais económico e melhor para a nossa situação, e mais que suficiente para as nossas necessidades… azar. Não determines a tua auto-estima pelo preço das tuas rodas; 🙂
  • vencer o consumismo; em particular, deixar de achar que “felicidade” (ou “aproveitar a vida”) equivale a “gastar dinheiro” ou “ter mais coisas“. Descobrir o valor com que se consegue ter uma vida agradável, e tentar manter os gastos mensais mais ou menos nesse valor, mesmo que a remuneração vá subindo ao longo do tempo;
  • usar o dinheiro adicional de forma inteligente, que realmente melhore a qualidade de vida. Por exemplo, em vez de comprar mais e mais luxos e bens materiais, porque não tentar aumentar o tempo livre, passar mais tempo com a família, eliminar fontes de stress, etc.?
  • por último (e não, isto não é uma contradição), ter consciência de que às vezes faz sentido gastar mais dinheiro — por exemplo, se o emprego actual implica lidar com clientes e andar mais bem vestido, ou se o agregado familiar aumenta. O importante aqui é que esses gastos adicionais não sejam automáticos só porque passou a entrar mais dinheiro.

FOMO (Fear Of Missing Out)

Um termo que não conhecia até há um ano e tal, antes de começar a ler sobre estas coisas, é o chamado FOMO — as iniciais de Fear Of Missing Out, que se poderia traduzir por “medo de estar a perder/deixar passaralgo — neste contexto a vida, o tempo, a juventude, a socialização, etc..

Ou seja, é o medo angustiante de que “os outros estão-se a divertir/viver a vida/aproveitar a juventude/conviver/ser felizes, e eu não.” Outra variante é “está a acontecer algo fixe em algum sítio (sobretudo se estiverem lá amigos e/ou conhecidos), e eu não estou lá.”

FacebookSendo algo que sempre existiu (muito antes da Internet, por exemplo), e de que podemos “sofrer” qualquer que seja a nossa idade, é um facto que, hoje em dia, está mais associado a 1) redes sociais, e 2) “juventude” (diria menos de 30, aqui). O exemplo óbvio é, por exemplo, ver fotos de uma noite de diversão de um grupo de “amigos facebookianos”, na qual não estivemos, e que — mesmo que aquela diversão em si, ou aqueles “amigos” especificamente, não sejam do nosso agrado a 100%. E, então, decide-se dar a máxima prioridade ao “viver a vida” (no sentido de fazer o que os outros parecem fazer), custe o que custar.

De certa forma, tal como o chamado “keeping up with the Joneses“, é uma forma de viver por comparação com outros, em que não se faz necessariamente o que é melhor para nós próprios, mas sim o que os outros fazem, o que nos permite “não ficar atrás” deles. E, claro, isso em geral implica gastar bastante dinheiro irracionalmente, que com um pouco mais de juízo poderia estar a ser usado para construir uma forma de não se ter de viver num cubículo até aos 65 anos.

Não estou, de forma alguma, a argumentar contra conviver-se, sair-se, divertirmo-nos, beber-se uns copos, fazer-se loucuras ocasionais aqui e ali! Tudo isso é saudável (mesmo quando já passámos dos 30, ou dos 40, ou mais — ainda não estamos mortos, afinal). O problema aqui é quando se faz isso  (ou principalmente) porque nos comparamos sempre com os outros — ou, mais precisamente, ao que os outros “postam” nas redes sociais. Uma dica: muitas vezes quem “posta” constantemente sobre saídas, eventos, “borgas”, etc. também tem as mesmas inseguranças,  e fá-lo precisamente para as esconder, para parecer que tem uma vida espectacular, aproveitada ao máximo. E se se “divertem” para dizer ao mundo “eu tenho vida!! estão a ver??“, será que isso se pode realmente chamar “diversão”?

Gastos semanais: Semana #9 (30 de Junho a 6 de Julho de 2018)

Nota: como habitualmente, os valores em geral são arredondados.

Gastos na conta bancária:

  • 40€ – gás (mensal)
  • 120€ – encomenda de supermercado

Gastos no cartão de refeição:

  • 38€ – 4 refeições (num dos dias fui só trabalhar de tarde, e por isso almocei em casa)

Gastos no cartão de crédito:

  • 7€ – assinatura do Google Play Music (mensal)
  • 15€ – coisas que suporto no Patreon (mensal)
  • 57€ – servidores alugados, onde tenho os sites (mensal)

Houve também o pagamento dos créditos pessoais (600€, ao todo) e do cartão de crédito que faltava, mas, como anteriormente decidido, não faz sentido incluir isso aqui — só se comprasse alguma coisa a crédito.

O que, infelizmente, vou ter de fazer para a semana — o meu esquentador, depois de 20 heróicos anos (comprado novo em 1998) de trabalho árduo, “deu o berro”, e, pelo que investiguei, os preços habituais de reparações não são propriamente baixos, gasto esse que não me parece fazer sentido para algo já tão antigo. Enfim, se o próximo durar mais 20 anos (até 2038), não me posso queixar. 🙂 E, claro, não vou comprar nada “topo de gama”. Até lá… banhos de água fria. 😛

Resultados:

Gastos totais: 277€
Gastos em entretenimento: 22€ (7.9% do total).