Gastos semanais: Semana #13 (28 de Julho a 3 de Agosto de 2018)

Outra vez com uns dias de atraso… enfim, estava de férias, e estava mesmo a precisar de descansar a cabeça. Não só não escrevi aqui (sem contar com estes posts dos gastos semanais, e mesmo esses com algum atraso), como também não andei a ler livros sobre finanças e desenvolvimento pessoais, como tinha inicialmente pensado (e como fiz nas férias anteriores, já agora); acho que às vezes uma pessoa precisa mesmo de se “desligar”. Mas agora estou de volta, e há muito a fazer.

Anyway:

Nota: como habitualmente, os valores em geral são arredondados.

Gastos na conta bancária:

  • 119€ – compras de supermercado
  • 24€ – compras em lojas chinesas (para a casa de férias — já ficam para os próximos anos)

Soma-se a isto mais pagamentos de cartões, créditos, etc.

Gastos no cartão de refeição:

Nada! 🙂

Gastos no cartão de crédito:

  • 8€ – assinatura no Comixology
  • 15€ – coisas que suporto no Patreon (mensal)
  • 49€ – servidores alugados (já reduzido desde o mês passado, mas como o cancelamento dos servidores não usados foi a meio do mês, no próximo será ainda menos) (mensal)

Resultados:

Gastos totais: 215€
Gastos em entretenimento: 23€ (10.6% do total).

As compras de supermercado voltaram a ser um bocado altas, mas incluíram, além das várias refeições em casa, várias coisas entretanto trazidas para cá (tanto alimentos como coisas mais definitivas).

Gastos semanais: Semana #12 (21 a 27 de Julho de 2018)

Com uns dias de atraso (devia ter sido postado na sexta-feira, dia 27), mas, ei, estou de férias. 🙂 Aqui vai, então:

Nota: como habitualmente, os valores em geral são arredondados.

Gastos na conta bancária:

  • 170€ – compras de supermercado (para as férias, já cá “em baixo”)
  • 44€ – seguro de saúde

Houve também o pagamento dos cartões de crédito, mas isso não se inclui aqui, como falado anteriormente.

Gastos no cartão de refeição:

  • 28€ – refeição (para 2 pessoas) (não tenho sido eu a pagar a maior parte das vezes, além de que se tem tentado comer mais vezes em casa)

Gastos no cartão de crédito:

  • 23€ – assinatura (2 créditos) do Audible (mensal)
  • 10€ – assinatura do Office (mensal)
  • 11€ – assinatura do Netflix (mensal)
  • 7€ – assinatura do Google Music (mensal)
  • 20€ – jogo no Steam (já fiz anos, a semana passada, por isso já posso voltar a comprar jogos. 🙂 Mas mesmo assim não antevejo muito mais compras, no futuro próximo, tanto aqui como depois das férias; este era um em relação ao qual já tinha curiosidade há uns bons meses, além de ser algo “leve” e que o meu PC actual (já velhinho, mas que também teve direito a vir de férias 🙂 ) aguenta bem)

Resultados:

Gastos totais: 313€
Gastos em entretenimento: 61€ (19.4% do total).

Acho que não foi muito mau. os gastos em supermercado foram significativos, mas a ideia tem sido comer a maior parte das vezes em casa, e também deixá-la (é emprestada, de família) tão ou mais “atestada” do que estava. A maioria do entretenimento foi coisas mensais. E o subsidio de Verão permitiu dar uma boa “pancada” nas dívidas dos cartões — agora é esperar pelo próximo mapa de responsabilidades, que sairá lá para o fim de Agosto.

Evolução mensal das dívidas #3 (30 de Junho de 2018)

Mais um mês, mais um mapa de responsabilidades de crédito, por isso vamos ver como as coisas evoluiram desde a última vez:

  • Cartões de crédito: 2670€ (menos 350€ que no mês anterior)
  • Créditos: 30590 (menos 225€ que no mês anterior)
  • Carro: 0 (menos 333€ que no mês anterior)

Total em dívida: 33260€.

Evolução dos cartões de crédito + carro: menos 683€.

Evolução total desde o fim de Maio: menos 908€.

Bem bom! 🙂 Infelizmente, tive de usar um cartão de crédito para o esquentador comprado este mês, pelo que a dívida dele voltou a aumentar, mas vou poder compensar isso com o subsídio de Verão (a receber este mês — provavelmente já amanhã). E não ter mais prestações do carro para pagar também ajuda.

Entretato, continuo de férias (até dia 6), pelo que os gastos actualmente são um bocado diferentes dos habituais. Vamos ver como é que isso afecta o balanço de Julho (disponível lá para 20 de Agosto).

Gastos semanais: Semana #11 (14 a 20 de Julho de 2018)

Nota: como habitualmente, os valores em geral são arredondados.

Gastos na conta bancária:

  • 33€ – água
  • 39€ – telecomunicações (acerto) (mensal)

Gastos no cartão de refeição:

  • 32€ – 4 refeições (almocei um dia em casa por ter de passar a manhã à espera da instalação do esquentador)

Gastos no cartão de crédito:

  • 62€ – supermercado
  • 24€ – renovação de uma licença de software (anual)
  • 50€ – Tempest 4000 (sim, comprei-o duas vezes, na PS4 e no Steam. Em parte para suportar os autores, em parte porque a forma ideal de o jogar é na PS4, mas vou de férias amanhã e só levo o laptop, e em parte porque, como tinha mencionado já em Maio, esse era um de dois jogos que eu tinha dito que seriam os únicos que iria comprar até fazer anos (para a semana), e o outro acabou por me ser oferecido, portanto… anyway, é justo. De alguma forma. 🙂 )
  • 37€ – comics no Comixology

Resultados:

Gastos totais: 277€
Gastos em entretenimento: 87€ (31.4% do total).

Por um lado os gastos não foram enormes (sobretudo se comparados com a monstruosidade que foi o esquentador o mês passado), por outro lado o entretenimento foi… mais que o normal, tanto em valor absoluto como em termos relativos. Enfim… por um lado estava tudo já mais ou menos previsto, já há alguns meses (ou seja, não foi impulsividade), e por outro estou quase a fazer anos. 😉

Amanhã, como disse, vou de férias, durante duas semanas. Ainda não sei como vai ser em termos de posts; pelo menos os das despesas semanais devem aparecer por aqui, além do da evolução mensal das dívidas (possivelmente ainda este fim de semana), e também queria ver se escrevia sobre os vários conceitos que ainda faltam. Mas é possível que haja menos posts que habitualmente. Por outro lado, tenciono ler vários livros sobre finanças pessoais e desenvolvimento pessoal, e isso pode-me dar vontade de esccrever mais… We’ll see.

Poupar nas férias: ideias?

Já andava a pensar em escrever isto há algum tempo, depois dos posts equivalentes sobre poupar no entretenimento, no supermercado, ou em casa. Hesitei até agora, porém, já que “férias” é um conceito muito mais variado do que os outros; ou seja, há imensos tipos de férias, desde alugar uma casa/bungalow/etc. num sítio, passando por acampar em um ou mais locais, até à ideia mais “aventureira” de pôr uma mochila às costas e ir à aventura, não sabendo à partida onde é que se vai dormir cada noite, e possivelmente atravessando um continente de um lado ao outro. E, sem que isso seja rígido, em geral uns desses tipos de férias apelam mais a pessoas mais jovens (perto dos 20s), sendo outros mais atraentes a quem já tenha mais idade (e possivelmente família).

Com toda esta variedade, é difícil arranjar conselhos que sirvam para todos os casos, daí a minha hesitação… mas, por outro lado, também me parece que mesmo que só uma pequena parte do post possa ser útil a cada um, isso já é melhor que nada.

Além disso, vou de férias este fim de semana (duas semanas em casa de família, emprestada, no Alentejo), por isso decidi não adiar mais. Afinal, não teria piada nenhuma estar a escrever sobre férias depois de elas terem acabado, não é? 😉

Tipo de férias:

Aqui, naturalmente, cada um tem as suas preferências, e não me parece viável argumentar contra ou a favor de um ou outro tipo. A única coisa que diria é que, se o tipo de férias desejado for “ficar X dias num sítio”, então, se for possível, poupa-se imenso se se conseguir ficar numa casa emprestada por alguém (familiares, bons amigos, etc.). Afinal, o alojamento pode ser das partes mais dispendiosas das férias. Uma desvantagem é que isso limita um pouco a escolha dos destinos (já que exige que alguém tenha casa lá), o que se pode tornar repetitivo ao longo dos anos. Uma possibilidade é alternar: nestas férias fico na casa de família do costume (o que não implica que lá depois só se vá aos mesmos sítios!), nas seguintes aceito gastar mais dinheiro e explorar novos destinos, etc..

De resto, também é útil ficar num sítio com cozinha, já que permite comer, em geral, por muito menos dinheiro. Isso pode ser uma casa alugada (ou emprestada), um bungalow, ou mesmo certos hostels (se bem que não tenho experiência com essa última alternativa).

Por último, o objectivo das férias pode variar: há quem dê prioridade à “aventura”/descoberta, há quem prefira a diversão/”borga” (mesmo em sítios já visitados no passado), e há quem tenha como objectivo principal descansar/des-stressar. Esse último tende a ser cada vez mais o meu caso — é a idade. 🙂

Quando:

Obviamente que, se se é louco/a por praia, então ir de férias no verão (mais precisamente, no verão no hemisfério de destino) é boa ideia, e pode-se aplicar o equivalente a outros tipos de férias (ex. na neve).

Mas, se não for o caso, e sobretudo se a ideia for, principalmente, descansar, então recomendo mesmo que se evite as “épocas altas”. Desta forma, não só os preços são em geral bastante mais baixos, como não há as muitidões, filas (tanto na viagem como no destino propriamente dito), “ultra-turismo” (em que tudo na cultura local é “abafado” pela necessidade de vender o mais possível aos turistas), etc. das referidas épocas.

Além de que Agosto é em geral o melhor mês para trabalhar, em Portugal: não há trânsito, os chefes e metade dos colegas estão de férias, há menos problemas, menos projectos novos, menos trabalho… 😉

Viagem:

Aqui não tenho muito a dizer; a maior parte das férias que faço são em Portugal, e levo o carro, mas depois por lá (seja onde for) tento deixá-lo parado e ir a todo o lado a pé, sempre que possível.

Ir de comboio pode ficar mais barato, e para sítios realmente longe o avião pode ser a melhor escolha, ou mesmo a única escolha. Mesmo aí, pode ser boa ideia comparar preços, ver que nível de desconforto se consegue tolerar, etc..

Ah, e uma sugestão que acho que se aplica a todos os casos: tentar reduzir a bagagem ao máximo. Há quem ache que, para ir de férias, tem de levar a casa toda atrás (“e se precisar do meu patinho de borracha? Nunca se sabe quando é que se vai precisar de um patinho de borracha…”), mas isso só tem inconvenientes: trabalho, tempo, falta de espaço para o essencial, custos (se for bagagem num comboio ou avião, ou gasolina adicional), e redução da mobilidade. A não ser que se vá ficar numa casa emprestada durante um período significativo, o ideal é limitarmo-nos a uma mochila por pessoa.

Alojamento:

Em parte já abordado no “tipo de férias”, acima. De resto, assumindo que não se consegue, ou não se escolhe, ficar em casa emprestada, isto também dependerá muito das preferências de cada um (que nível de luxo se quer, se se quer só cama para dormir (a qual até pode ser diferente noite após noite) ou se quer uma casa/apartamento/bungalow/etc. para ficar mais uns dias, cozinhando em casa pelo menos parte das vezes, etc.). Em termos de poupança, em geral o ideal (sem ser a casa emprestada) é escolher sítios o menos turísticos possível, já que os preços para turistas são sempre inflacionados. Isso pode implicar alguma pesquisa pré-férias (ou então ser-se ultra-extrovertido e fazer-se logo amizades com os locais à chegada), mas em geral valerá a pena.

Alimentação:

Em termos de restaurantes, tentar evitar os mais “turísticos”, com preços inflacionados; mais uma vez, isso pode implicar investigação e/ou perguntar aos locais onde é que eles normalmente comem (quando não o fazem em casa).

Mas ir sempre a restaurantes é algo que só faz sentido no caso de as “férias” serem o equivalente a um fim de semana (prolongado ou não). No caso de férias maiores (ex. uma semana ou mais), convém mesmo deixar os restaurantes para “ocasiões especiais”, e arranjar forma de comer em casa (ou no bungalow, hostel, etc.), por muito menos dinheiro, a maior parte das vezes.

Entretenimento:

Aqui também não há muito a dizer, excepto o (relativamente) óbvio: evitar coisas “turísticas”, tentar ir onde os locais vão, e preferir  experiências (idealmente novas) à compra de objectos.

E para já…

… é tudo. Mais ideias? 🙂

Dica anti-consumismo: criar um “exército” de “mimos”

Provavelmente estarão a achar o título deste post um bocado… estranho. 🙂 Mas passo a explicar.

Um dos grandes problemas — se não o maior dos problemas 1 — quando se quer poupar mais é o consumismo, que é basicamente o que nos leva a gastar dinheiro em coisas de que não precisamos, e que nos vão dar pouco ou nenhum prazer na vida (mas possivelmente bastante stress, quando depois olhamos para a conta bancária e as coisas que ainda faltam pagar…).

Mas o que é que nos leva a agir de forma consumista? Afinal, não me parece que alguém decida, conscientemente, “vou comprar coisas de que não preciso (e que nem vou usar) para depois andar mais stressado com a vida“, não é? Pensando um pouco na questão, e simplificando muito, eu diria que há duas grandes razões que levam uma pessoa a ser consumista:

  1. ostentação / competição com outros (família, amigos, colegas, vizinhos, etc.);
  2. vontade de darmos a nós próprios um “mimo”.

Relativamente à primeira dessas razões, não vou aprofundar aqui (pelo menos neste post); acho que é daquelas coisas que uma pessoa ou vê como um problema e faz por resolver (o que é feito 100% dentro da sua cabeça), ou então escolhe continuar a achar que isso é “a ordem natural das coisas”, e a definir a sua auto-estima pelo preço das coisas que compra.

A sugestão neste post dedica-se a lidar com a segunda razão. Muitas vezes gastamos dinheiro em coisas que, nos nossos momentos mais racionais, admitimos perfeitamente que não nos fazem falta, ou das quais não temos tempo para fazer uso; que vão ficar na prateleira ou no armário, ou então (no caso de guloseimas) na barriga durante umas horas, somente porque na altura nos sentimos um pouco mais “em baixo”, ou mais sozinhos, ou aborrecidos, ou estivemos a fazer alguma coisa que nos tenha custado 2, e achamos que merecemos um mimo, uma recompensa, uma novidade na nossa vida.

E, note-se, não estou a dizer que nunca nos devemos tratar bem; há alturas em que isso faz todo o sentido. Mas acredito que na maioria dos casos não estamos realmente a querer a coisa nova propriamente dita (para se fazer uso da mesma), apenas queremos aquele prazer momentâneo que temos ao 1) ter um “brinquedo” novo, e/ou 2) gastar dinheiro (o que nos faz sentir que temos poder de compra e decisão).

E eu próprio já fui culpado disto no passado, e ocasionalmente a tentação ainda surge (no meu caso, mais no sentido de “deixa-me ir à loja online de X e ver o que é que está lá em promoção” — o que é sempre uma péssima ideia: afinal, isso é admitir que não queremos nada específico, apenas queremos gastar — ou seja, consumir). E, como não somos robots totalmente imunes a tentações, eventualmente descobrimos/inventamos truques para cortar o mal pela raiz.

No meu caso, o que resultou e continua a resultar bastante bem foi aquilo que menciono no título: criar um “exército” de “mimos” (ou fontes de alegria), de forma a poder recorrer a eles quando tiver o tipo de estados de espírito que antes levariam a querer comprar coisas/gastar dinheiro. Sejam livros, videojogos, música, comics, sítios por onde gosto de passear, companhias, 3 gatos altamente ronronantes, um hobby ou dois, fóruns sobre temas que me interessam com conteúdo novo todos os dias… tudo isso me serve para quando estou mais em baixo, ou preciso de alguma novidade na minha vida, de explorar algo que não conheço. E, em geral, sem gastar dinheiro — ou, se é gasto, é em algo que sei que me vai dar prazer, e que vai ser meu (para todos os efeitos) “para sempre”.

E mesmo isso está, em geral, controlado. Por exemplo, adoro ler, desde criança, e isso continua a ser um dos grandes prazeres na minha vida. Mas, sei lá, depois de se ter bem mais de 100 livros na fila de espera, a compra de novos (excepto em casos muito raros) acaba por não ser a pensar em lê-los, mas apenas em tê-los — ou, mais precisamente, em sentir que os tenho… o que, mais uma vez, é consumismo.

Mas, apetece-me ler um livro novo? Tenho imensos por onde escolher. Estou aborrecido e aparentemente sem nada para fazer? Olha, tantos livros (jogos, comics, etc.). A vida anda mais difícil, e sinto que já não me “mimo” há algum tempo? Olha, tantos livros para ler… por onde começar? 🙂

Aqui devem estar a pensar: “espera aí, tanta coisa contra o consumismo, mas isso tudo custou-te dinheiro, também!“. Sim, e, pior, admito que uma boa parte da quantidade destas coisas que actualmente tenho veio de consumismos passados. 🙁 Mas o importante é que parei — e, vá lá, tive mesmo assim o juízo suficiente para comprar coisas que 1) não envelhecem (ler pela primeira vez um livro comprado em 1991 não é pior do que ler um de 2018), e 2) das quais eu realmente gosto; não foi algo só para me sentir bem uns segundos. E tenho/há não sei quantas coisas não-materiais, também.

Resumindo isto tudo (e realmente foi extenso…): a forma melhor de evitar gastar dinheiro porque sentimos que merecemos/estamos mesmo a precisar de um “mimo” é, parece-me, ter já um monte de “mimos” na nossa vida (em casa, etc.) aos quais recorrer. E esses “mimos” nem têm, necessariamente, de ser coisas compradas, ou novas, ou objectos físicos.