Sim, ainda vivo…

Peço desde já desculpa aos estimados leitores/as por ter “desaparecido” daqui nas últimas semanas sem avisar (nem sequer tenho comentado nos blogs relacionados que normalmente sigo). Infelizmente, ando mesmo sem grande “cabeça” para escrever — ando cansado, com vários tipos de cansaço à mistura (o de dormir pouco, o de andar stressado e preocupado com várias questões, e o de andar a precisar de umas férias substanciais, daquelas que em geral só se consegue uma vez por ano, e que por isso estou a guardar mais para o Verão). Isso somado ao facto de também não estar a acontecer nada de “interessante” — em parte pelo Natal e afins (acabei por gastar mais do que queria, e por isso acabei também por não escrever o post sobre o Natal e o consumismo que queria escrever — achei que seria um pouco hipócrita), em parte por ter tido várias despesas anuais (como o seguro do carro, renovação de assinaturas, etc.), e em parte também por ter gasto mais em entretenimento do que devia, ainda não deu nem para fazer certa compra informática que queria fazer (e que neste momento já penso adiar mais uns meses), nem para começar a investir. Mas enfim, tudo se resolve.

Ainda tenho um post de evolução mensal das dívidas por escrever (o do estado das dívidas no fim de Novembro — entretanto, o mapa de Dezembro é capaz de sair já neste fim de semana), coisa que espero fazer hoje ou amanhã, mas não sei mesmo como é que vou fazer em relação aos posts das despesas semanais. Acho que se, se eles voltarem, serão mais simples, apenas com os totais (tipo “necessidades“, “entretenimento” e, possivelmente, “sites e projectos“, separadamente, sem entrar em detalhes sobre as várias coisas).

Entretanto, comecei ontem a ler este livro, que me parece bastante interessante, pelo que vejo na descrição e no índice. (não, não é link de afiliado 🙂 )

Gastos semanais: Semana #31 (1 a 7 de Dezembro de 2018)

Desculpem a repetição de posts de gastos semanais… mais uma vez, cansaço e questões pessoais impedem mais inspiração. A ver se isso se altera em breve (ainda queria fazer um post sobre o Natal, por exemplo).

Uma pequena novidade: a partir desta semana, já que deixei de usar o cartão de crédito no modelo de “comprar agora e pagar mais tarde“, os gastos no mesmo deixarão de estar separados dos da conta bancária. Da mesma forma, acho que não vale a pena separar os gastos no cartão de refeição: gastos são gastos; a diferença é que estes vêm de uma “conta” à parte, que é (actualmente) usada só para isto. A separação dos gastos só faz com que uma pessoa pense em termos de “gastos bons” e “gastos maus”, mas gastos são gastos.

Nota: como habitualmente, os valores em geral são arredondados.

Gastos da semana:

  • 32€ – gás
  • 49€ – aluguer de servidores
  • 15€ – Patreon
  • 18€ – Comixology
  • 6€ – ebook
  • 24€ – livro
  • 40€ – 5 refeições

Resultados:

Gastos totais: 184€
Gastos em entretenimento: 63€ (34.2% do total).

Semana média, parece-me. 

Gastos semanais: Semana #30 (24 a 30 de Novembro de 2018)

Quase com uma semana de atraso (desculpem, ando mesmo com a cabeça cansada), mas aqui vai…

Nota: como habitualmente, os valores em geral são arredondados.

Gastos na conta bancária:

  • 225€ – seguro do carro (anual) (sim, já sei, provavelmente estou a ser roubado… 🙂 tenho de ver isso)
  • 44€ – seguro de saúde (mensal)
  • 34€ – água (mensal)

Gastos no cartão de refeição:

  • 43€ – 5 refeições

Gastos no cartão de crédito:

  • 49€ – vários videojogos (promoções de Natal… 😳 vêem o que quero dizer quando digo que “promoções” não passam de publicidade?)
  • 23€ – assinatura Audible (mensal)
  • 10€ – assinatura Microsoft Office (mensal)
  • 4€ – ebook
  • 7€ – assinatura Google Play Music (mensal)
  • 11€ – assinatura Netflix (mensal)
  • 19€ – comics no Comixology
  • 8€ – Kickstarter em que participei

Resultados:

Gastos totais: 477€
Gastos em entretenimento: 121€ (25.3% do total).

Não foi das semanas em que me portei melhor. 🙁 Por outro lado, o maior gasto foi o do seguro do carro, que é anual.

Gastos semanais: Semana #29 (17 a 23 de Novembro de 2018)

(Sim, houve aqui umas 8 semanas de intervalo desde a última vez.)

Nota: como habitualmente, os valores em geral são arredondados.

Gastos na conta bancária:

  • 34€ – consultas e análises médicas
  • 14€ – farmácia

Gastos no cartão de refeição:

  • 24€ – 3 refeições

Gastos no cartão de crédito:

  • 20€ – participação num Kickstarter
  • 24€ – 2 compras na Fnac (pulseiras para o pedómetro, e uma lupa)
  • 15€ – comics assinados no Comixology
  • 154€ – compra de supermercado
  • 39€ – jogos
  • 88€ – assinatura do Chess.com (anual)

Resultados:

Gastos totais: 412€
Gastos em entretenimento: 186€ (45.1% do total).

Consumismo: uma história de terror

Hesitei um pouco em partilhar este artigo, já que pode parecer que é numa de nos sentirmos “superiores”, mas acho que mesmo assim pode ser útil e educativo. Além de que me faz lembrar uma pessoa da minha família, já falecida, que era, em muitos aspectos, assim (e que arruinou a vida de várias boas pessoas, incluindo os meus avós maternos). 🙁

O artigo em si consiste basicamente numa conversa (provavelmente meio ficcionalizada) entre um casal, Kate e Tom (nomes quase de certeza falsos), com 3 filhos, e que até ganham relativamente bem:

Kate: I’m Kate. I’m 46. I have a law degree. I don’t practice law though. When I got pregnant with our first, I took the highest-paying job I could find that still allowed me to stay home and be close to my kids when they were growing up. So I work for an insurance company, paying claims. I make about $70,000 a year. We live in the suburbs of a city in the northeast of the U.S. We have three kids: ages 11, 14, and 18.

Tom: My name is Tom. I have a graduate degree in advertising. I’m 48 and I’m an insurance claims manager. I earn about $90,000 a year doing that, but I also work a second job as a bartender a couple times a week catering in private homes. I make between $100 and $250 a night doing that.

Grandes valores, não é? (Se bem que estes ordenados anuais “à americana” são sempre valores brutos; provavelente há uns 40% de impostos em cima disso.) E no entanto, eles estão completamente (para todos os efeitos) falidos, com uns 10 cartões de crédito no limite, empréstimos estudantis completamente por pagar, duas hipotecas em cima da casa, e já pediram ajuda (de dezenas de milhares de dólares) aos pais… só para uns meses depois estarem na mesma situação. 🙁

Parte do problema deles vem de viverem num bairro de milionários — gente com vários Porsches na garagem –, e de o crédito nos EUA ser facílimo (eles continuam a ter ofertas de créditos e cartões de crédito, apesar de claramente não terem qualquer capacidade para o pagar!), o que acaba por fazer com que eles achem que o nível de riqueza dos vizinhos é “médio” e “normal”.

Mas, por outro lado, há ali uma atitude que… bem, não queria dizer “mete nojo”, mas parece que são completamente incapazes de aprender com os próprios erros, não admitem a responsabilidade que têm, vêem-se a si próprios como “vítimas”, e, apesar de todo o stress (eles até semi-brincam que a única forma de “resolver” o problema é um deles morrer e o outro receber o seguro de vida…), não têm qualquer tipo de plano ou intenção de mudar de atitudes (continuam a ter os filhos em escolas privadas, a ir comer fora a sítios caros, a pedir adiamentos “de emergência” dos pagamentos de dívidas, e nem falam em vender a casa e ir para um sítio mais em conta — parece que acham que isso seria admitir que “fracassaram”, como se não o estivessem já a fazer todos os dias)… em resumo, não há vontade real de melhorar as coisas. É mesmo um consumismo — e imaturidade — extremos, e eu nem acreditaria que existe realmente gente assim, se não tivesse tido um exemplo na própria família. 🙁

Enfim… acho que exemplos do que não fazer podem (também) ser úteis. 🙂

O fim do início — sem dívidas de cartões!

“Ora, isto não é o fim. Não é sequer o início do fim. Mas é, talvez, o fim do início.”

— Winston Churchill (discurso em 1942)

Antes:

Último cartão de crédito - antes

Agora:

Último cartão de crédito - antes

E ainda não acabou. 🙂 Faltava fazer isto:

Alteração da modalidade de pagamento

Agora, sim! 😉 Desde hoje, o cartão de crédito (que vou continuar a usar para encomendas online, assinaturas, etc.) vai deixar de ser como um “empréstimo” que o banco faz (com juros, claro), e passar a ser uma forma alternativa (mais conveniente, e utilizável online/no estrangeiro) de fazer compras, que depois “caem” na conta bancária no fim do mês. Na íntegra… e sem juros. Em vez de ter todos os meses de pensar “tenho de ter X€ para pagar o mínimo do cartão e mais alguma coisa”, só tenho de reservar o necessário para as compras que tiver feito. Com isto, sobrará bastante mais dinheiro por mês, que, depois de certa compra informática daqui a uns dois meses, será maioritariamente para investir/poupar para eventualmente pensar em acabar com os créditos (e continuar a poupar depois disso).

Estou satisfeito, se bem que podia ter tido bem mais disciplina/menos consumismo (sobretudo nestas últimas semanas, em que não postei sobre os gastos semanais — talvez, inconscientemente, por alguma vergonha) e ter acabado isto mais cedo. Por exemplo, olhando para a minha dívida deste cartão a 31 de Outubro, dá para ver que nos últimos 22 dias gastei ainda um bocado… 🙁 E acabei por ter de recorrer a parte do subsídio de inverno para este pagamento final, coisa que esperava conseguir evitar. Mas, mesmo assim, não foi mau — consegui livrar-me das dívidas “piores”, com maiores juros, e que a maior parte das pessoas “vai gerindo”, em vez de eliminar — aliás, foram pensadas pelos bancos para funcionar exactamente assim, e comigo funcionou durante décadas…

Enfim — é o fim do início, tal como na citação no princípio do post. Agora (bem, imagino que mais lá para fins de Janeiro ou Fevereiro, depois de fazer a tal compra informática) começa a parte realmente interessante: investimentos, e ver o dinheiro finalmente a crescer. O “início do meio”, talvez. 🙂

P.S. – a dívida negativa deve-se ao facto de ter na altura um pagamento de 1.74€ em autorização, o que não estava ainda incluído na dívida total, mas escolhi pagar já isso também.