Como já foi feito em relação à poupança no supermercado, a ideia deste post é ser parte rascunho, parte pedido de ideias e sugestões, sobre um tema em relação ao qual eu acho que neste momento não sei muito mais do que o básico. Eventualmente haverá, espero eu, um post mais “definitivo”.
Mas, vamos lá. Vou começar pelo que eu já “sei”, e de seguida mencionarei umas boas sugestões que já vi aqui em comentários.
- não deixar luzes nem torneiras ligadas/abertas, mesmo que seja para regressar à divisão (ou lavatório) em um minuto ou menos;
- evitar ao máximo aquecedores ou ares condicionados (a não ser que haja pessoas mais vulneráveis em casa, como crianças pequenas, idosos ou doentes). Com treino e habituação, podemos alargar a gama de temperaturas em que nos sentimos confortáveis (em vez da “flor-de-estufice” do “tem de ser exactamente 21º e ¾ ou está tudo estragado” — mas chega de falar de certos colegas no trabalho. 🙂 );
- estou um bocado desactualizado em termos de tipos de lâmpadas: quais é que são as mais económicas agora (não apenas em termos de consumirem menos, mas de compensarem a diferença de preço ao longo da sua “vida natural”)?
- ao lavar roupa na máquina, usar um programa apropriado (sobretudo em termos de “máquina cheia” ou “máquina a metade” — guardaram o manual da máquina, certo? 🙂 ). Não tenho máquina de lavar louça, mas suponho que seja semelhante;
- cancelar serviços que não se usem, ou se usem pouco (ex. canais de TV premium — ou mesmo a televisão em geral — quando se usa principalmente serviços de streaming);
- ir mais longe: cancelar praticamente tudo, para ver do que é que se precisa realmente (e depois reactivar somente isso);
- isto não é poupança directa, mas tentar evitar a acumulação de “tralha”; se se tiver coisas que já não se usem, tentar vendê-las ou dá-las, ou, se necessário, deitá-las fora ou, pelo menos, transferi-las para a arrecadação;
- por falar na arrecadação, ver o que há lá que se possa vender, dar ou deitar fora. Ainda não comecei a fazer isto, mas espero fazê-lo ainda este ano…
- eu sei que sou o pior exemplo disto à face da terra, mas… tentar ter a casa relativamente arrumada e limpa 1;
- por falar nisso, evitar — sobretudo se se viver com alguém — o estilo de “arrumação” conhecido por “esconder tudo da vista“; sim, fica mais bonito (“olhem para mim, tão minimalista!“), mas depois a outra pessoa (ou possivelmente até nós próprios, por “despassaranço”) vai achar que determinadas coisas já acabaram, e comprar mais delas. Não que esteja a falar por experiência própria; oh, não! 😉
- reutilizar coisas para fins diferentes (por exemplo, o “calhamaço” do guia de estudo de um certo sistema operativo que comprei nos anos 90, e que nunca mais vou usar como livro por estar mais de 20 anos desactualizado, ainda serve bem como base para elevar um monitor à altura dos olhos 🙂 );
- aprender a cozinhar. Sim, isto pode permitir poupar centenas de euros ao longo do ano, além de — caso vivamos com outra pessoa que também cozinhe bem (caso contrário, aprendam ambos!) — tornar a relação mais justa. 😉 “Ah e tal, deixo tudo queimar“, ou “ele/a gosta de cozinhar, não preciso de saber eu fazê-lo” não passam de desculpas 🙂 ;
- ter o frigorífico organizado — não apenas no sentido de ter um sítio próprio para cada tipo de produto, mas também de estar tudo bem visível (a tendência é esquecermos o que está completamente tapado), de forma a evitar que as várias coisas sejam esquecidas até atingirem o prazo de validade;
- por falar em prazos de validade, estes tendem a ser “estimativas conservadoras“; a maioria dos produtos dura sempre um pouco mais, e para muitos deles é óbvio (pelo aspecto, cheiro, etc.) se ainda estão bons ou não — por outras palavras, não deitar uma coisa fora apenas porque atingiu o prazo, sem sequer se verificar se ainda está consumível;
- tornar-se um “mestre” do congelador, aprendendo o que pode ser congelado sem perder qualidades, mesmo não sendo algo que normalmente se pensa como “congelável” (ex. manteiga, molhos, etc.). Pode ser útil, entre outras situações, quando se tem determinada coisa em excesso (por se receber alguma oferta, por exemplo);
- se possível (varanda, espaço perto das janelas, etc.) semear algumas coisas comestíveis (normalmente temperos) que exijam pouca manutenção. Por exemplo, na minha varanda há neste momento alecrim, cebolinho, malaguetas e hortelã. Já mencionei que é útil saber cozinhar? 🙂 ;
- isto dependerá de cada um (e, disclaimer: algumas coisas aqui podem ser perigosas), mas é bom saber fazer coisas básicas em casa (mudar uma lâmpada, apertar um parafuso de uma cama que faz barulho, resolver outros problemas simples, possivelmente (se bem que aqui não vou tão longe, no meu caso) alguma canalização e/ou trabalho de electricista;
E partilho também algumas sugestões já aqui mencionadas por leitores:
- renegociar os contratos de telecomunicações (Ricardo);
- diminuir a potência do contador de electricidade, pelo menos nos meses em que não se usam aquecedores (idealmente todos 🙂 ) (Ricardo)
- vá, quero mais! 🙂