Sim, com ponto de exclamação e tudo. 🙂
Já fui aqui várias vezes desafiado (por exemplo, pela ateiados20maisx (boas férias! 🙂 ), ou pelo B. Alves), a agir de forma mais “drástica” no sentido de me livrar dos créditos mais cedo, e eu sempre respondi que “ia ver” — em parte para não afectar a experiência Acumulação vs. Investimento, em parte por inércia, e em parte por também não querer estar a falar do que não sei — como, neste caso, a questão de como funcionam as amortizações parciais de um crédito.
Relativamente a esta última questão, tinha mencionado aqui que tinha posto a questão à empresa de crédito do crédito “grande” como funcionava isso, e tive hoje a resposta: é possível tanto reduzir as prestações, como reduzir o número total de meses, como reduzir ambos de uma vez (reduzindo menos cada coisa, obviamente). Até obtive uma simulação: se, na situação actual, amortizasse uns 5000€, isso poderia a) baixar a prestação em aproximadamente 100€, ou, em alternativa, b) reduzir o crédito em quase 20 meses (ainda faltam uns 7 anos, se deixar ir até ao fim).
A primeira hipótese parece-me bastante atraente — nem tanto numa de ter mais dinheiro “para gastar” (afinal, a ideia não é essa), mas sim pelo efeito “bola de neve” que isso provocará — no exemplo acima, se amortizasse em 5000€ e com isso “sobrassem” mais 100€ todos os meses, então demoraria menos tempo a juntar os 5000€ seguintes, que me permitiriam reduzir mais ainda a prestação… e, repetindo isto umas 4-5 vezes, acabo com o crédito. (Quem diz 5000€ diz qualquer outro valor, mas não sei se compensará estar a fazer isto “a conta gotas”, tipo uns 200-400€ todos os meses; os 5000€ parecem-me um valor razoável, e atingível em tempo útil).
(Nota: é possível que até compensasse mais a outra opção, de tirar meses do fim do crédito, em termos de juros pagos no total, mas eu preferia mesmo algo que fizesse diferença mais cedo. Se estiver a dizer algum disparate, digam!)
Isto implica, então, que:
- a prioridade passa a ser poupar dinheiro até este atingir os 5000€ (o que ainda deve demorar um ano ou mais, assumindo que não aumento os rendimentos de alguma forma, nem entra nenhum dinheiro extra). Isto significa que…
- … os investimentos ficam em stand-by (com uma pequena excepção — no mês que vem ainda vou juntar mais um pouco ao ETFmatic, só para ficar um valor total investido “redondo”). Podia até vender os que tenho e chegar aos 5000€ uns bons meses mais cedo, mas para já prefiro deixá-los como estão, a aumentar (espero eu) apenas graças a subidas nos mercados e a dividendos. (Não é garantido que não mude de ideias nos próximos tempos, no entanto.) Isto implica também que…
- … a experiência Acumulação vs. Investimento, que vou manter, vai passar a ter valores fictícios na parte da Acumulação. Ou seja, para a experiência, é como se tivesse acumulado exactamente o mesmo que investi, apesar de na realidade estar a acumular bem mais todos os meses (a partir de agora), e a investir zero (até acabar com os créditos). E, por último…
- … já mencionei que era mesmo, mesmo interessante aumentar os rendimentos? 😉
Vamos ver, então, quanto tempo demoro a juntar 5000€. 🙂 Desde que não se avarie nada entretanto…
EDIT: já agora, não o mencionei acima, mas, sendo assim, vou primeiro tratar do crédito “pequeno“, actualmente pouco mais de 1000€, quantia essa que espero juntar nos próximos meses (3 ou 4, talvez). Eliminando isso, já são menos uns 80€ de despesas mensais, o que vai ajudar a acelerar o resto. 🙂