Sim, o título é intencional, é para se perguntarem se foi desta que descarrilei de vez. 🙂
Ao ouvir ontem este episódio do podcast Bigger Pockets Money (que, já agora, será o primeiro dos “podcasts recomendados”, quando iniciar essa série), achei intrigante o conceito que um dos convidados mencionou: que “conseguiu chegar à falência aos 32 anos” (ele não é muito mais velho que isso, que eu saiba).
A piada da coisa aqui é a definição de “falência”, ou “estar falido” que ele usa: não é, obviamente, a definição legal (tipo “abrir falência”), é apenas não ter nada, no sentido de activos (aqui limitando-se a poupanças e investimentos — ver nota no fim) menos passivos (dívidas). Ou seja, foi com essa idade que ele finalmente acabou de pagar os empréstimos estudantis (que totalizavam $168.000… ouch!). Ao terminar o pagamento, mas ainda sem activos significativos, ele teve, por um curto período, para todos os efeitos, zero. É como se estivesse “falido” — o que é bem melhor do que ter dívidas.
É uma forma curiosa de pôr as coisas, não é? No meu caso, por exemplo, se me oferecessem cerca de 34.000€… ficava “falido”. 🙁 Enfim, lá chegarei. E isso é só o início, é claro — mas vou tentar guardar para a posteridade o momento em que, subtraindo os meus passivos aos meus activos, tenha… nada de nada. 🙂 E a partir daí é que as coisas ficarão interessantes…
(Nota: não estou a contar com coisas tipo a casa, que tenho paga; nisto concordo com o Robert Kiyosaki (autor do Pai Rico, Pai Pobre), que considera que só contam como activos 1) dinheiro (incluindo poupanças e investimentos) ou 2) fontes de rendimento (ex. uma casa nossa, arrendada); a casa de habitação primária, mesmo estando paga, é considerada uma fonte de despesas.)
Nunca tinha analisado as coisas nesse prisma. Mas penso que terá razão, está falido, dado que não possui rigorosamente nada. Mas a parte boa, é que o rigorosamente nada inclui o “nada-nada” de dividas.
Posso então e agora olhando para o meu umbigo, pensar que estou no caminho da riqueza? Porque, vejamos, não tenho dívidas, mas tenho ativos. Vou sair daqui com a sensação de que sou poderosa monetariamente (mas não).
Boa continuação 🙂