Rendimentos passivos, como o próprio nome sugere, são “coisas” que (potencialmente) nos proporcionam rendimentos mesmo sem estarmos activamente a fazer algo para isso. Outras características comuns a este tipo de rendimentos (se bem que não absolutamente essenciais) são: 1) normalmente implicam algum trabalho inicial (que pode consistir em algo tão básico como juntar muito dinheiro de outras fontes, como por exemplo o emprego actual), mas depois (se tudo correr bem) entra-se em “velocidade de cruzeiro”, só requerendo alguma atenção esporádica, e 2) mesmo considerando esse esforço e/ou investimento iniciais, em geral é possível começar sem deixar o emprego actual (já que não nos é exigido tempo, especificamente, no horário normal de expediente).
Alguns exemplos (e isto não é uma lista exaustiva, é claro) de rendimentos passivos:
- ter dinheiro a render juros — seja numa conta bancária (que acho que actualmente não rendem virtualmente nada), seja nalgum outro tipo de conta poupança, ou certificados de aforro, etc., seja em acções e/ou obrigações. Estas últimas não geram juros propriamente ditos, mas geram dividendos (que podem ser utilizados para gastos necessários, e/ou reinvestidos), além de a tendência, a longo prazo (mesmo com um crash aqui e ali) ser os valores irem subindo;
- criar e publicar um livro, álbum de música, software, videojogo, etc.;
- arrendar imóveis. Extremamente popular nos EUA, onde é viável comprar uma casa a crédito, restaurá-la um pouco, e depois arrendá-la por um valor bem maior que a prestação da hipoteca, e repetir; imagino que isto seja mais difícil cá em Portugal, mas também nunca investiguei realmente;
- montar lojas online, se forem de produtos digitais (ou seja, não é necessário gerir inventário, envios, etc.), ou com a gestão da parte física contratada a terceiros (frequentemente, empresas chinesas, que fabricam e tratam do envio de produtos);
- criar sites, ter sucesso, e monetizá-los através de publicidade: isto funciona para qualquer tipo de site (notícias, ferramentas, fóruns, blogs, disponibilização de conteúdos, etc.), desde que tenham sucesso razoável. Alguns tipos de site rendem mais que outros, mas acaba por ser tudo uma questão do número de visitas. Sim, eu tenho alguns (que não posso revelar para já: anonimato, e essas coisas, mas são sobretudo ferramentas/geradores), e, sim, eu penso postar mais em detalhe sobre esta questão.
Como disse, isto não é uma lista exaustiva; há inúmeras outras formas de — sem ter um segundo emprego, o que é um rendimento activo e não se inclui neste conceito — aumentar os rendimentos, sem grande esforço de manutençao (além do inicial).
A vantagem deste tipo de rendimentos é precisamente a sua passividade: ou seja, depois de termos um deles em “velocidade de cruzeiro”, podemos praticamente esquecê-lo (excepto, como disse antes, alguma manutenção esporádica, melhorias, etc.) e passar ao seguinte. E, com o tempo, estas coisas vão acumulando. Uma coisa que dê 50€ por mês, por exemplo, não nos permite deixar o emprego, obviamente, mas ainda são 600€/ano — mais do que um ordenado mínimo. E, acumulando com mais uma coisa que nos dê 25€/mês, outra que dê 70€, outra que ande “só” pelos 35€… como diz o cliché, o céu é o limite.
Adicionalmente, se os rendimentos passivos atingirem um certo ponto (ou seja, um valor substancialmente acima do total das despesas mensais obrigatórias), não só isso acaba por constituir uma forma de dinheiro vai-te F…, como até, no caso de estarem incluídas várias fontes relativamente estáveis e duradouras (ex. imóveis), até pode ser possível antecipar a independência financeira — tendo sempre atenção à quantia já acumulada, e também aos valores dos rendimentos passivos, e tendo sempre em mente que, se estes começarem a baixar demasiado, é possível que seja necessário descobrir/criar novas fontes, ou até mesmo, se for caso disso, voltar a procurar emprego. Mas, claro, se a pessoa foi esperta, continuou a criar/aumentar fontes de rendimento passivos mesmo depois da “reforma” antecipada…