Se não passam (ou passaram) por isto (parabéns!), de certeza que conhecem outras pessoas a quem isto se aplica: “o pagamento do seguro X veio-me estragar as finanças este mês“. A implicação aqui é que esse pagamento chegou “de surpresa”, o que implicou que não nos preparámos para ele, não tínhamos o dinheiro já posto de parte, e por isso as finanças do mês ficam “arruinadas”.
(Eu confesso — já fiz este erro muitas vezes, nas últimas 2 décadas. “Bolas, não fazia ideia de que este mês vinha o seguro do carro! Onde é que vou desencantar XXX€?” Às vezes demoramos a aprender… enfim, mais vale tarde que nunca. 🙂 )
Mas… porquê a surpresa? Não sabemos que temos seguros (casa, carro, etc.) e afins para pagar? E em que datas é que eles “caem”, todos os anos?
A solução para isto não é “rocket science”: é olhar para os extractos dos últimos 12 meses (aqui, o homebanking ajuda bastante — dá para fazer coisas como pesquisar entre duas datas, e possivelmente depois exportar para uma folha de cálculo como o Excel, fazer filtros na mesma, etc.) e depois fazer um mapa (que pode ser um calendário, ou somente uma lista tipo “1. <dia e mês> – <designação> – <valor da última vez>”) das despesas anuais e semestrais. E depois olhar para esse mapa, sempre que necessário — idealmente, uma vez por mês, para antecipar o mês ou meses seguintes.
Melhor ainda (isto funciona para mim, mas aqui dependerá das preferências de cada um): depois de ter construído o mapa, criar alarmes para essas despesas, com uns 35 dias de antecedência. Por exemplo, se o teu telemóvel é Android, basta criar esses alarmes (sugiro aqui que se faça isso num PC, onde é mais fácil escrever) no Google Calendar, e estes são automaticamente sincronizados para o telemóvel 1. Desta forma, somos avisados de que vamos ter uma despesa esporádica tendo pelo menos um ordenado, e um mês de gastos, antes da data em questão, o que permite planear esse mês com a referida despesa em mente.