Poupar no supermercado: ideias?

Carrinho de supermercado

Mencionei num comentário recente que já tinha pensado em escrever um post sobre formas de poupar nas compras de supermercado, mas que não o tinha ainda feito por estar longe de ser um especialista no assunto, e não querer fazer um post só com o mais básico.

Entretanto, pensei: este blog já tem alguns leitores/as; porque não pedir ajuda? Neste caso específico, ideias, truques, sugestões — de forma a fazer um eventual guia que poderá ser bem melhor do que um que escreveria sozinho. Com sorte, esse será o primeiro post colaborativo do OvelhaOstra. 🙂

O que eu próprio já sei (tirado, também, do comentário mencionado no início, com mais uma ideia ou outra):

  • não ir ao supermercado com fome;
  • fazer uma lista e segui-la tão à risca quanto possível;
  • no caso de comida fresca, planear uma ou outra refeição (com datas específicas) e comprar só o necessário para essas refeições, para evitar desperdícios;
  • não comprar um ingrediente sem se ter em mente pelo menos uma refeição para o usar (“OK, isto é para o jantar de quinta-feira…“)  nem, caso seja algo que se estrague, sem ter (ou estar a comprar também) o resto dos ingredientes necessários;
  • um desconto enorme numa coisa (“menos 80%! só esta semana!“) não faz dela “um bom negócio” se não precisamos dela para nada;
  • da mesma forma, olhar para os descontos disponíveis (e aproveitá-los quando for apropriado), mas com cuidado: muitas vezes “20% de desconto em X” faz com que se ache que se tem de comprar X… mesmo que não se tenha actualmente nenhuma necessidade de tal produto;
  • por outro lado, faz sentido comprar coisas que sejam sempre necessárias em quantidade, se estiverem em promoção e não forem coisas que se estraguem com o tempo (possíveis exemplos: papel higiénico, produtos de limpeza, etc.);
  • preferir em geral produtos brancos, excepto se determinado produto branco é mesmo mau, ou se é algo em que se aprecia a diferença de qualidade de outra marca;
  • relacionado com a sugestão anterior: para cada tipo de produto, há sempre um nível “suficientemente bom” (que pode ser o produto branco, ou algo um pouco mais caro). Tentar, sempre (excepto talvez para raras ocasiões especiais), comprar coisas nesse nível, e não acima. 1

Mas… isto tudo parece-me tão básico, pelo que pedia, então, mais sugestões, de forma a, mais tarde, juntar tudo num post mais definitivo sobre o assunto. Obviamente, darei crédito aos autores de todas as sugestões incluídas.

Ideias?

  1. ver o primeiro comentário para dois exemplos

5 comentários em “Poupar no supermercado: ideias?”

  1. para cada tipo de produto, há sempre um nível “suficientemente bom” (que pode ser o produto branco, ou algo um pouco mais caro). Tentar, sempre (excepto talvez para raras ocasiões especiais), comprar coisas nesse nível, e não acima.

    Dois exemplos que posso dar disto:

    1- os meus gatos não são nada “esquisitos”: conheço quem tenha gatos (ou outros animais) que só comem determinada marca, ou certo produto específico de determinada marca; os meus, por outro lado, adoram tudo o que lhes der: Friskies, Whiskas, Purina, as comidas mais caras compradas nos veterinários, etc.. Com uma excepção: as diversas marcas brancas (já experimentei Continente, Jumbo, e várias de mercearias diferentes), eles detestam: comem só o mínimo necessário para não morrer à fome, e começam a pedir comida quando ainda têm o prato cheio. Logo, para os alimentar, “poupar” é comprar Friskies ou Whiskas (as marcas não-brancas mais baratas), que eles adoram, e são, portanto, o nível “suficientemente bom“.

    2- gosto de beber vinho à refeição. Vinho em garrafas é mais caro, e portanto em geral fica para ocasiões especiais; no dia-a-dia bebo vinho comprado em pacote. Mas muitos desses vinhos são absolutamente intragáveis, ou causam dor de cabeça, ou ambos. Estarei limitado às garrafas? Claro que não; com alguma “investigação”, achei marcas de vinho em pacote que, sem serem as mais baratas, ainda o são mais do que comprar em garrafa, e bebem-se bem. São, portanto, suficientemente boas.

    Foram só dois exemplos, mas isto pode-se aplicar a quase tudo na vida. Quero ir passar um fim de semana prolongado na localidade X? De certeza que entre o hotel de luxo e a pensão cheia de ratazanas há um ou mais sítios para ficar que são suficientemente bons (e bem mais baratos que o tal hotel de luxo). Achá-los pode dar algum trabalho (e implicar uma experiência ou duas menos boas, enquanto se procura), mas vale a pena, parece-me.

  2. Não sei qual o acesso na tua zona a frutarias mas eu encontro aí, frequentemente, preços mais baixos do que nos supermercados. Então em coisas como batatas, cebolas, nabos, courgetes, beterrabas, etc. é uma diferença % grande. Penso que seja porque as mercearias não estão sujeitas à política dos calibre e do “bonitinho”. Os legumes têm pior aspecto mas não são piores nem melhores. São iguais.
    Idem para alguma fruta mais pequena, cujo calibre não é aceite pelas grande superfícies. Eu encontro maças e pera rocha a 30 ou 40 cêntimos. É certo que, por vezes, tenho de comer duas, mas mesmo com a parte central dos caroços, que é desperdiçada, mesmo assim sai bastante mais barato.

    1. Isso parece-me uma óptima sugestão. Infelizmente, não tenho nenhuma frutaria ao pé de casa (moro num sítio que é um autêntico “dormitório”), senão seria cliente habitual. Mercearia tenho, e às vezes faço uso dela, mas realmente a que existe perto de casa está um bocado ao abandono; já houve mais e melhores, mas fecharam todas, penso que por haver pouca procura ali.

      Se têm frutarias e boas mercearias perto de vocês, sugiro que “cuidem bem delas” (sendo bons clientes). 🙂

  3. Dica para poupar nos iogurtes líquidos e, simultaneamente, na saúde (via menos açucar, corantes e adoçantes).

    Eu não consigo beber os iogurtes líquidos do supermercado porque os acho demasiado doces. Aquilo que faço é aquecer 1.5 Litros de leite numa cafeteira, quase até ferver. Depois deito-lhe um iogurte liquido do supermercado (idealmente os cremosos). Misturo tudo bem com a colher de pau. Aqui quem quiser meter açucar, pode meter.

    Enfiar dentro de um caso, fechar bem e guardar umas 8 horas num sítio que não seja muito frio (eu costumo meter dentro do forno – desligado, claro !). Passadas 8 horas está uma camada grande de “nata” por cima. Misturar bem, meter num recipiente de vidro e guardar no frigorifico.

    Custo aprox:1.5 litro de leite (0.90€) + iogurte (0.35€) = 1.25€ por 1.6l de iogurte, Ou seja, 0.78€ por litro.
    Os iogurtes packs 4x150ml, mesmo de marca branca, custam uns 2 a 2.20€ por litro.

    Uma nota: fica muito mais “azedo” do que o leite. Para crianças habituadas a iogurtes de supermercado não será fácil no início.

    Eu francamente não faço isto tanto pela poupança mas mais porque assim bebo iogurte feito como eu quero e não carregado de açúcar, como os do supermercado (até porque os cereais que como já têm passas e fruta, o que é doce suficiente).

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