As minhas poupanças (mensais e anuais) desde que comecei a levar estas coisas mais a sério

Algo que já foi mencionado aqui uma vez ou outra (tanto por mim como em alguns comentários) é o facto de ser útil, ao considerar uma poupança/redução de custos mensal, pensar nela também anualmente. Ou seja, uma redução de (relativos) “trocos” todos os meses, quando multiplicada por 12, já dá, muitas vezes, um valor “palpável” — sobretudo se se somar várias poupanças semelhantes.

Já referi aqui também (por exemplo, neste post) algumas dessas poupanças mensais que implementei para o futuro, em geral cortando coisas (assinaturas, etc.). Mas, hoje, quis ir mais longe e criar uma tabela de todas essas reduções — e respectivos totais poupados por mêspor ano –, incluido algumas coisas que cortei mesmo antes de começar o OvelhaOstra. For extra fun, incluo também as reduções em jogoscompras em app stores, depois de somar todas as despesas em ambas as áreas em 2017 1 e dividir por 12 para obter uma média mensal. Sim, os totais aí são um bocado assustadores. 🙂

CORTE DINHEIRO POUPADO Depois de começar o blog?
Serviços de telecomunicações pouco usados 21,00 € X
Assinatura do servidor p/ estatísticas 20,00 € X
Assinatura de 3 revistas no Kindle 6,00 € X
Assinatura Big Fish Games 7,00 €
Assinatura Humble Bundle Monthly 11,00 €
Patreon (redução mensal) 15,00 €
Jogos (Steam e PSN) (média mensal de 2017) 56,00 €
Compras App Store (Apple) + Play Store (Android) (média mensal de 2017) – incluía assinatura do Marvel Puzzle Quest, já mencionada no passado 38,50 € em parte
Total poupado mensalmente 174,50 €
Total poupado anualmente 2 094,00 €

Não apresento isto para me gabar — muito pelo contrário, até tenho alguma vergonha de ter sido tão consumista no passado. 🙁 Mas, ei, há que seguir em frente, aprender com os erros, pensar positivo, e essas coisas todas, e, segundo a tabela acima, a minha poupança anual (em relação a 2017, se bem que parte destas mudanças só tiveram início alguns meses depois do início de 2018 — umas mais cedo, outras só este mês), só em gastos “regulares”, é superior a 2000€, o que (pelas pesquisas rápidas que acabei de fazer) é mais do dobro do ordenado líquido médio em Portugal. Vendo a coisa de outro ângulo: a partir do meio deste ano é como se me tivessem aumentado em 175€/mês. Líquidos.

E nada disto constiuiu um esforço colossal, ou um sacrifício enorme. Muito pelo contrário, actualmente nem sinto a falta do que cancelei (excepto, muito ocasionalmente, pequenas curiosidades tipo “como é que será este jogo?“, mas depois lembro-me dos milhentos que ainda tenho por jogar 🙂 ), e tudo isto deixa-me mais optimista em relação ao futuro — afinal, fui “aumentado” em 2000€/ano. 😀 De resto, espero que este post mostre bem como cortar em pequenas coisas regulares pode fazer uma diferença, ao longo do tempo, bem maior do que se poderia pensar.

(NOTA: esta é a primeira tabela que faço neste blog, por isso não faço ideia se ela aparecerá bem a todos, sobretudo a quem estiver a ler num leitor/agregador de feeds. Se aparecer ilegível, podem sempre tentar ler mesmo no blog. Qualquer coisa, digam.)

  1. yay, homebanking! :)

5 comentários em “As minhas poupanças (mensais e anuais) desde que comecei a levar estas coisas mais a sério”

  1. Realmente em pequenas coisas consegues uma boa poupança anual. Verificar os cortes anuais dá uma visão completamente diferente face à análise mensal.
    Muito bem 🙂 poderás assim reduzir nos “milhentos” que ainda tens por pagar. E se este cortes não acarretam desconforto a nível pessoal melhor ainda 🙂

  2. Excelente ! E o que é de realçar é o facto de não teres sentido diferença.

    Isso é o ponto que considero mais importante. Todos nós, se sujeitarmos o nosso orçamento ao escrutínio de terceiros, vamos receber respostas do género “epá, isto, isto e isto pode ser cortado”. Mas isso é um juízo de valor que só a pessoa que pode fazer. Nós trabalhamos para ganhar dinheiro e podermos gastar onde entendermos (e, note-se, “gastar” até pode ser “gastar” em poupanças para gastar mais tarde ou para sentir a segurança financeira).

    Passado o ponto da satisfação das necessidades básicas (casa, alimentação, saúde, educação dos filhos se existirem e pouco mais), entramos num campo que só a própria pessoa é que pode valorizar. Vou ser muito infeliz se deixar isto ?

    Eu, por exemplo, olho para essa tua lista e não faria nenhuma despesa. Mas isso sou eu. Tu olharias para as minhas e pensarias “epá, nisto não metia um cêntimo”.

    Eu penso sempre na quantidade de dinheiro que gasto em livros. Qualquer pessoa poderia criticar e dizer (com razão) porque raio é que eu gasto dinheiro em livros (não técnicos) quando nem durante toda a vida conseguiria ler aqueles que a biblioteca tem disponíveis, de forma gratuita ? A resposta é simples: porque felizmente posso e dá-me um prazer imenso, ao ponto de justificar o gasto. Mas é uma pequena parte do orçamento. É o mesmo que os teus comics. Não são essenciais à vida, mas tiras certamente um grande prazer daí. E ao mesmo tempo dá-te a segurança de que, se um dia tiveres um azar, ainda poder cortar mais sem “ir ao osso”, como se costuma dizer.

    Eu sou poupado e um bocado minimalista mas não acho que a pessoa tenha de viver quase numa caverna e acumular todo o dinheiro que ganha. Senão qual é o propósito. Tu passaste foi para uma fase em que te tornaste crítico de ti próprio (“isto traz-me assim tanta felicidade ao ponto de justificar a despesa ?”) e cortaste o que não te interessava, o que é excelente. Bom post!

    Nota: O meu comentário é para quem ganha o suficiente para ficar acima da satisfação das necessidades básicas e pode fazer opções. Infelizmente há quem tenha de fazer escolhas dentro do básico e, isso sim, é dramático.

    1. Obrigado! Penso que concordamos em tudo aqui (excepto nos gostos propriamente ditos, mas isso também não é suposto. 🙂 ).

      Eu por acaso também gosto de ler, mas depois de várias décadas a comprar livros todos os meses, que depois quase não tenho tempo nenhum para ler, “acalmei” isso um bocado, mas ainda tenho dezenas e dezenas de livros dos géneros que mais me dão prazer — ficção científica e fantasia — por ler, e eventualmente cheguei à conclusão que o que continuava a comprar era mais para aquele prazer momentâneo de ter uma coisa nova, já que a fila de espera é de anos (e isto sem sequer incluir bibliotecas). Entretanto, também estou, como já disse aqui várias vezes, naquela fase de só gastar dinheiro para (potencialmente) ganhar dinheiro (os comics e afins são excepções, mas isso é pouca coisa), pelo que o que vou lendo — excepto alguma fantasia mais “leve” às refeições (recuso-me a “trabalhar” enquanto como) — tem sido mais sobre finanças, desenvolvimento pessoal, e afins. Além do que vou aprendendo, isto motiva-me, e faz estes assuntos estar sempre presentes na minha mente, pelo que acho que vale a pena.

      Mas, sim, é como disse, a maior parte do que cortei (mencionado neste post) foram coisas das quais actualmente nem sinto a falta, já que, quando gastava centenas de euros por mês nessas coisas, depois não tinha tempo para realmente tirar prazer delas: para quê comprar um livro para ir para a prateleira (ou storage do leitor de ebooks) e ficar lá durante anos? Para quê comprar um jogo, instalar, ver a introdução, e deixá-lo para “um dia”? Para que é que eu tinha de ter três sistemas de estatísticas nos meus sites? Ou manter serviços que não usava? Etc. etc..

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